domingo, 12 de dezembro de 2010

Você quer ser Maçom?

Nada é tão oculto que não possa ser conhecido, ou tão secreto que não possa vir à luz. O que vos digo nas trevas que seja dito na luz. E o que ouvirdes em sussurro, proclamai do alto do edifício (Senhor Jesus Cristo ).

Ninguém confia naquilo que não compreende. Não fomos designados para justificar, defender ou louvar a Maçonaria. Mas nesses trinta anos de membro dessa Sublime Ordem, só a temos visto praticar o bem e nunca fazer nenhum mal.
Aprendemos que aqueles que se centram na verdade, na retidão, na bondade, justiça, honestidade e humildade, estão interligadas com os laços de amor e que a Maçonaria se considera um sistema peculiar de moralidade baseada no amor fraternal, no apoio mútuo e na verdade.
Quando fui convidado para ser Iniciado na Maçonaria, como nada me havia sido recomendado, mas sabendo, entretanto, que, segundo Sócrates, o “reconhecimento da ignorância é o princípio da sabedoria”, indaguei a meu proponente (padrinho) como poderia me tornar maçom.

Fui informado que só poderia conceber tal esperança pela regularidade de meu comportamento, através de minhas ações demonstradas pelo caráter e expressas pela vivência em retidão e fidelidade, pela crença em Deus, sendo tolerante com os princípios religiosos de cada um e que o restante residia na habilidade individual de "fazer aos outros como se faz a si próprio". Na verdade o mais importante não é o que se deve fazer para ingressar na Sublime Ordem, mas o que o interessado tem feito na vida. Se esta for considerada digna, ele será admitido. E tudo seguiu até o dia que enxergamos a Verdadeira Luz.

Maçonaria nos EEUU: - Não é segredo que a Maçonaria foi uma grande força por trás da Revolução Americana e da fundação da República dos Estados Unidos da América. Os homens que criaram os Estados Unidos da América ou eram eles mesmos ativos Maçons ou estavam em contato constante com os Maçons. Eles usavam os pensamentos que haviam se desenvolvido na Inglaterra durante o século anterior como blocos para a construção de sua própria Constituição.

Dos homens que assinaram a Declaração de Independência em quatro de julho de 1778, os seguintes eram Maçons: William Hooper, Benjamin Franklin, Matthew Thornton, William Whipple, John Hancock, Philip Livingston e Thomas Nelson. Maçons ativos eram também muitos lideres do Exército, entre eles Greene, Marion, Sullivan, Rufus, Putnam, Edwards, Jackson, Gist, barão Steuben, barão Kalb, o marquês de Lafayette e o próprio George Washington.

Quando Washington foi empossado como primeiro Presidente da República a 30 de abril de 1789, foi pelas mãos do Grão-mestre de Nova York que ele prestou seu juramento sobre uma Bíblia maçônica, que normalmente era usada como Livro da Lei Sagrada na Loja St John, nº 1, filiada à Grande Loja de Nova York. Ele havia sido Maçom por toda a sua vida adulta, tendo sido iniciado na Loja de Fredericksburg cinco meses antes de seu vigésimo primeiro aniversário na sexta-feira quatro de novembro de 1752.
Quando Washington foi empossado como primeiro Presidente dos Estados Unidos da América ele já era membro da Ordem há quase trinta e seis anos, e era membro da Loja Alexandria nº 22.
A 18 de setembro de 1793, George Washington assentou a pedra-angular do edifício do Capitólio em Washington, e junto com seus companheiros estavam todos vestidos em traje maçônico completo com todos os paramentos.

Finalidade da Loja Maçônica: - Entre outras: “dar ao homem condições de estudar Maçonaria e aplicá-la a si mesmo e ao próximo, quer no comportamento individual como nas relações sociais, atuando no processo dinâmico do saber com esse conhecimento”
A Loja Maçônica é uma escola com uma estrutura de fraternidade, diálogo, entendimento e dinamismo. Através da reforma moral de seus afiliados, procura fazer do maçom, um homem de bem, pelas posturas básicas do lema: Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

a) A Liberdade é a tônica das pregações, dos ensinamentos. A Liberdade é infinitamente mais importante do que as demais metas maçônicas, porque sem ela as outras não podem subsistir, Sem Liberdade, a vida é carga pesada, é nau à deriva, sem rota e sem destino. Maçonaria é Liberdade.

b) A Igualdade – é um dos magnos princípios maçônicos, já que a Maçonaria considera iguais todos os homens, independentemente de raça, cor, nacionalidade e credo religioso. Um maçom deve cultivar a igualdade como se fosse uma virtude! As diferenças sociais ferem e aviltam; a operosidade maçônica detém-se, também, nesse campo.

c) A Fraternidade – o primeiro mandamento é o “amai-vos” para que a única lei verdadeira, a do amor, possa prevalecer entre os homens a união, o afeto de Irmão para Irmão; o amor que deve unir todos os membros da espécie humana; a união ou convivência entre Irmãos; O principal dever de um Maçom, é a amizade, o afeto, a união, o carinho, ou seja, tudo aquilo que a verdadeira fraternidade exige.

Virtude: – Para a Maçonaria, a virtude é a disposição habitual para o bem e para o que é justo e, por isso, nela se vê a prova da perfeição e o protótipo ideal do Maçom. Reunindo toda a Moral em quatro virtudes, que denominaram cardeais, isto é, preeminentes ou principais, em torno das quais giram todas as outras ou das quais dependem as outras. Estas qualidades foram posteriormente classificadas como: Temperança, Fortaleza, Prudência e Justiça.

Temperança: - Tem como base a moderação que permite satisfazer as justas necessidades do corpo, sem exagerar nos prazeres. Essa virtude é particularmente recomendada aos Iniciados pelos Rituais Maçônicos, devendo ser o Maçom senhor de si mesmo, moderado em seus apetites e paixões, usufruindo com medida dos bens da vida e utilizando-os para atingir objetivos mais elevados.

Fortaleza:- Diz-se “espírito forte” para quem suporta as vicissitudes da vida; esta fortaleza de ânimo espelha um caráter bem formado. O maçom prima por robustecer-se, ao freqüentar assiduamente os trabalhos de sua Loja, pois, “recarregando as suas baterias”, terá meios de enfrentar e vencer os obstáculos que se apresentarem.

O grupo maçônico é de apoio; basta que o maçom em necessidade dê conhecimento de sua situação (pois ninguém sabe o que calado quer), para que obtenha os meios para superar a crise.
O maçom jamais deve considerar-se só e abandonado, porque, na realidade, ele possui uma família numerosa, onde os Irmãos estão ansiosos para auxiliá-lo.
Prudência: Em nossos dias, de tanta confusão social e familiar, neste mundo tão complicado, quem não for prudente, sucumbirá logo. A prudência é necessária em todas as circunstâncias e ela faz parte de um conjunto de exigências, como a previsão, o conhecimento, a pesquisa etc.
A Maçonaria cultiva as virtudes, e no feixe amplo está a Prudência, que é sinônimo de precaução, alerta, vigília e tudo o mais.

O Maçom Prudente guarda os sigilos da instituição e assim evitará a profanação. A Prudência não “ampara” somente a primeira pessoa, mas protege o grupo todo.

Justiça:
Em direito natural, consiste em tratar cada um de acordo com o seu direito, dando-lhe o que lhe é devido. Na Maçonaria, esta virtude à qual são obrigados todos os Maçons, é realçada a sua necessidade e importância. Como não pode ser homem de bem aquele que não é justo, por essa razão o Maçom deve praticá-la continuamente, não se desviando jamais da mínima parcela.

A Maçonaria reconhece e incentiva a prática das quatro virtudes cardeais, além das três virtudes teologais: Fé, Esperança e Caridade, são virtudes pelas quais o homem supera a si mesmo. Essas virtudes são mais intimamente ligadas com as relações existentes entre o homem e Deus.

A Fé é uma virtude pela qual o fiel crê nas verdades reveladas por Deus. As pessoas dizem que têm fé, porque vão aos templos e fazem orações. Isso é prática religiosa. Fé pode-se encontrar mesmo no ateu, desde que ele aceite as dificuldades contra as quais luta, mas sem reclamar. A fé é a certeza de que tudo o que acontece está sob o controle de uma Lei Maior, sábia e perfeita.

A Esperança é a virtude pela qual o homem espera de Deus, com firme confiança, a graça durante a vida e o céu depois da morte. Em todos os momentos da vida, sempre há uma esperança a nos sustentar; com amor, o maçom deve ter esperança, pois esta é a ultima ansiedade que morre.

A Caridade
– Para que um maçom revele seu caráter caritativo, faz-se necessário despertar nele o sentimento de altruísmo e solidariedade, dirigindo o seu interesse em direção aos demais, ao próximo e aos necessitados.

O maçom deve cultivar essa virtude iniciando como se fora um hábito; a quem lhe estende a mão, deve atender; o pouco dado pode amenizar a necessidade.


Renan.'. M.'.M.'.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Retidão


Vivemos numa época em que muitos homens e mulheres não refreiam suas ações pela moralidade; portanto acreditam que elas só têm conseqüências sociais. Com isso negam a Deus e ao fato de que uma coisa ou é certa ou é errada.

Cada um de nós já ouviu alguma vez alguém dizer "tudo bem, faça como quiser", e muitas pessoas no mundo vivem por essa filosofia.

Testifico-lhes que há um modo melhor: Viver em retidão.

A palavra retidão é muito interessante e singular. Ela está relacionada a várias outras palavras e abrange todos os atributos de Deus. Uma pessoa reta, portanto, é de Deus ou semelhante a Deus.

O bem e o mal realmente existem, e um é o oposto do outro. O que a humanidade faz sem dúvida tem conseqüências morais. O evangelho de Jesus Cristo define a diferença entre o que é bom e o que é mau. O que é bom vem de Deus. Cristo disse: "E tudo quanto persuade os homens a fazerem o bem, vem de mim; porque o bem não vem de ninguém, a não ser de mim. Eu sou o mesmo que conduz os homens a todo o bem; ( . . . )". (Éter 4:12)

A retidão é feita de tudo o que é bom. Ela abrange os princípios do poder e da lei dos céus pelos quais todas as coisas de Deus são dirigidas, controladas e governadas.

A retidão é muito simples. Em todas as situações da vida com as quais nos deparamos há um caminho certo e um caminho errado a seguir. Se escolhermos o caminho certo, seremos fortalecidos pelos princípios da retidão, nos quais encontramos o poder dos céus. Se escolhermos o caminho errado e guiarmo-nos por ele, não teremos as promessas do céu, tampouco o poder divino; ficaremos sozinhos e estaremos fadados ao fracasso.

Surge, então, uma pergunta: "Como podemos saber o que é certo e o que é errado?" Da mesma forma que o Pai Celestial enviou Seu Filho, Jesus Cristo, para criar a Terra, fazer e dirigir todas as coisas relativas a ela, Ele também enviou o Espírito Santo para prover a luz do Espírito aos homens na Terra.

A luz do Espírito funciona como um sistema de comunicação que transmite os conceitos da verdade à mente dos filhos de Deus. Como mediador desse grande poder, o Espírito Santo ilumina nossa mente e dá luz ao nosso entendimento para compreender esses conceitos, se obedecermos às leis que governam o uso do Espírito. Essa é a forma pela qual o Pai Celestial nos ensina a distinguir o certo do errado. Se estamos dispostos a aprender Seus caminhos e segui-los, nunca teremos que adivinhar, mas sempre saberemos com certeza a diferença entre o certo e o errado.

Na retidão há fé e esperança. Todas as bênçãos que Deus prometeu a Seus filhos dependem da obediência a Suas leis e mandamentos. A obediência às Suas leis e mandamentos é o que nos torna retos e essa retidão faz com que sejamos dignos das bênçãos prometidas.

Cada um de nós vive numa situação diferente. Enfrentamos problemas de saúde, dificuldades financeiras, dificuldades nos estudos, problemas por não sermos casados, solidão, angústia, maus-tratos, transgressão e uma lista infindável de situações possíveis. A solução para tudo isso encontra-se na retidão.

Visto que somos desobedientes aos mandamentos de Deus, Ele deu-nos, em Sua benevolência a lei do arrependimento. Se agirmos de acordo com essa maravilhosa lei, seremos perdoados da nossa desobediência e tornar-nos-emos mais retos. Assim, o arrependimento conduz-nos à retidão. Muitos, ou melhor, a maioria dos problemas que temos em relação à moralidade podem ser resolvidos com arrependimento. Todos eles podem ser solucionados completamente pela retidão.

Encontramos muita alegria e felicidade quando nos esforçamos para viver retamente. Em termos simples, o plano de Deus para Seus filhos consiste em vir a esta Terra e fazer tudo o que pudermos para viver em obediência às leis. Por fim, depois de tudo o que pudermos fazer, a redenção do Senhor, Jesus Cristo, é suficiente para fazer aquilo que não conseguirmos realizar por nós mesmos.

O antigo profeta Morôni, ao encerrar sua obra e concluir o resumo do registro das relações de Deus com Seu povo, ou seja, o Livro de Mórmon, disse: "Sim, vinde a Cristo, sede aperfeiçoados nele e negai-vos a toda iniqüidade; e se vos negardes a toda iniqüidade e amardes a Deus com todo o vosso poder, mente e força, então sua graça vos será suficiente; e por sua graça podeis ser perfeitos em Cristo; ( . . . )". (Morôni 10:32) A maneira que Morôni encontrou de dizer "faça tudo o que puder" é expressa no conselho de amar a Deus com todo o poder, mente e força.

Nosso esforço para viver em retidão é uma tentativa de fazer tudo o que pudermos para ser obedientes. Ao fazer tudo o que está a nosso alcance, sentimos paz e somos consolados, pois o plano de Deus cumprir-se-á em nossa vida para nosso bem. Nenhum outro sentimento pode trazer mais alegria e felicidade à alma do homem do que a certeza de estar fazendo tudo para ser reto.

Na retidão há segurança e proteção. Quando somos obedientes, o Senhor tem um compromisso para conosco. Ele disse: "Porque os nomes dos justos serão escritos no livro da vida e a eles concederei uma herança a minha mão direita. E agora, meus irmãos, que tendes a dizer contra isto? Digo-vos que se vos manifestardes contra isto, não importa, pois a palavra de Deus deve ser cumprida". (Alma 5:58)

Num mundo onde as transgressões, a corrupção e o terrorismo amedrontam homens e mulheres, a que podemos recorrer para nossa segurança e proteção? Não há segurança e proteção a não ser naquilo que é reto. Não há local de refúgio. Não há paredes que mantenham afastados o adversário e sua campanha de oposição. Não há defesa contra o incerto e o desconhecido, a não ser a retidão. O medo no coração e na mente de homens e mulheres pode transformar-se em paz se apenas substituirmos o medo pela compreensão do plano de felicidade de Deus e pela certeza de estarmos fazendo todo o possível para ser retos e dignos, da salvação eterna.

Como as forças do bem e do mal estão cada vez mais bem definidas, os que não refrearem suas ações pela moralidade verão sua vida cair num caos tão grande que seu estilo de vida será insuportável! Então, as profecias a esse respeito serão cumpridas: "E todas as coisas estarão tumultuadas; e certamente o coração dos homens lhes falhará; pois o temor tomará conta de todos". (D&C 88:91)

Quando esse dia chegar, os Santos de Deus serão o único povo bem governado a quem o mundo poderá recorrer. Será entre eles que o mundo encontrará estabilidade e segurança. Eles virão sem saber a doutrina dos retos, mas será como foi predito: "Pois eis que vos digo que Sião florescerá e a glória do Senhor estará sobre ela. E será um estandarte para o povo e a ela virão de todas as nações debaixo do céu". (D&C 64:41­42)

A retidão é o melhor caminho. Definitivamente, é o único caminho. Na retidão reside o poder de proporcionar a alegria e a felicidade, a segurança e a proteção que homens e mulheres têm desejado e procurado em todas as eras.

Parece uma solução simples, mas a realidade é que "( . . . ) Satanás está solto na terra, enganando as nações". (D&C 52:14) Existe oposição. O certo e o errado realmente existem. Nossas ações sem dúvida têm conseqüências morais. Não há um modo certo de fazer o que é errado.

Quando vocês forem chamados como testemunhas de Jesus Cristo para declarar Seu evangelho, rogo que não tardem a fazer tudo o que puderem e que se esforcem para conhecer Suas leis e mandamentos e sejam diligentes em obedecê-los. Fazendo isso, estarão no processo de tornarem-se retos e, assim, dignos das bênçãos prometidas.

Jesus Cristo está à frente desta obra. Ele é um Deus de retidão. Em Sua terna misericórdia, deu-nos um profeta reto, e se o seguirmos, estaremos fazendo o que é certo. Sobre a verdade desse fato e com respeito ao que disse, testifico. Em nome de Jesus Cristo. Amém.

domingo, 5 de dezembro de 2010

VINGANÇA, RUIM ? ou PRAZER?




Vingança consiste na retaliação contra uma pessoa ou grupo em resposta a algo que foi percebido ou sentido como prejudicial. Embora muitos aspectos da vingança possam lembrar o conceito de igualar as coisas, na verdade a vingança em geral tem um objetivo mais destrutivo do que construtivo. Quem busca vingança deseja forçar o outro lado a passar pelo que passou e/ou garantir que não seja capaz de repetir a ação nunca mais.

A ética da vingança é acaloradamente debatida na filosofia. Alguns acreditam que ela é necessária para se manter uma sociedade justa. Em algumas sociedades se acredita que o mal infligido deve ser maior do que o mal que originou a vingança, como forma de punição. A filosofia de "olho por olho" citada no Velho Testamento da Bíblia (Exôdo 21:24) tentou limitar o dano causado, igualando ao original, para evitar uma série de ações violentas que escalassem rapidamente e saíssem do controlo. Outros argumentam contra a vingança alegando que se assemelha à falácia de que "Dois erros fazem um acerto". Alguns cristãos interpretam a passagem de Paulo "A mim a vingança; a mim exercer a justiça, diz o Senhor" (Epístola aos Romanos 12:19, na versão da Bíblia Sagrada da editora Ave Maria) como significando que apenas Deus tem o direito de praticar a vingança.

Sobre as bases morais, psicológicas e culturais da vingança a filósofa Martha Nussbaum escreveu: "O senso primitivo do justo — notadamente constante de diversas culturas antigas a instituições modernas . . . — começa com a noção de que a vida humana . . . é uma coisa vulnerável, uma coisa que pode ser invadida, ferida, violada de diversas maneiras pelas açoes de outros. Para esta penetração, a única cura que parece apropriada é a contrainvasão, igualmente deliberada, igualmente grave. E para equilibrar a balança verdadeiramente, a retribuição deve ser exatamente, estritamente proporcional à violação original. Ela difere da ação original apenas na sequência temporal e no fato de que é a sua resposta em vez da ação original — um fato freqüentemente obscurecido se há uma longa sequência de ações e contra-ações".

Vendeta é uma sequência de ações e contra-ações motivadas por vingança que são levadas a cabo ao longo de um extenso período de tempo por grupos que buscam justiça; ela foi uma parte importante de muitas sociedades pré-industriais, especialmente na região mediterrânea, e ainda hoje persistem em algumas áreas. Durante a Idade Média não se considerava um insulto ou injúria resolvidos até que vingados.

No passado feudal do Japão a classe samurais mantinha a honra de sua família, clã, ou senhor através do katakiuchi (敵討ち), ou assassinato vingativo. Esses assassinatos também envolviam os parentes daquele que ofendeu. Hoje em dia o katakiuchi é perseguido principalmente através de meios pacíficos, porém a vingança permanece uma parte importante da cultura japonesa.

Os sistemas legais modernos ocidentais geralmente afirmam que sua intenção é a reabilitação ou a reinserção na sociedade. Porém, mesmo nestes sistemas a noção de justiça como vingança persiste em setores da sociedade. A vingança é um prato que se serve frio, diz o ditado popular.]